Mau comportamento

Atualmente é bastante comum nos depararmos com crianças que gritam, chutam, batem, fazem birra, não obedecem as ordens dos pais e de outros adultos. Conversando com os pais o que eles dizem é que as crianças de hoje são mais difíceis de lidar. São muito espertas, discutem mais, falam dos direitos delas, argumentam que os pais não podem bater nelas, e por aí afora.

Quando vejo crianças tendo estes comportamentos, procuro observar os pais, como eles agem com elas. Em geral, minha conclusão é que os pais não se impõe, alguns nem tentam. Os que tentam, vejo que o fazem timidamente, com a voz fraca, meio suplicando e,  diante de uma criança que nem liga para o que eles falam, desistem.

As crianças mudaram. Elas são mais bem informadas, menos tímidas, mais argumentadoras mas os pais também mudaram. Eles parecem ter medo de exercer autoridade sobre os filhos.

Atualmente, os pais são mais próximos dos filhos, demonstram mais carinho, conversam mais. Antigamente, a autoridade era mantida pelo medo, pela afastamento que existia entre pais e filhos, crianças e adultos. Esta maior proximidade entre pais e filhos acabou por deixar os pais confusos em relação a autoridade deles. Isto acabou resultando no  pai  amigão. A mãe legal. E os filhos sem controle.

Por mais amorosa que seja a relação entre pais e filhos, os pais tem responsabilidades sobre eles. As crianças, devido a sua imaturidade física e psicológica, apresentam comportamentos como birra, teimosia, agressividade, querem que satisfaçam suas vontades, não querem esperar. São os adultos que precisam contê-las. Ensiná-las.

Não adianta ficar falando e repetindo, não faça isto, não mexa naquilo, pare quieta, e a criança sem obedecer. Quando o adulto só fala e fala e fala sem tomar uma atitude, acaba perdendo a credibilidade.

Quando o adulto dá uma ordem e não é obedecido, é necessário ir até a criança. Olhar nos olhos dela, falar de forma clara e firme, fazendo com que ela cesse com o comportamento que os pais ou adultos estão mandando parar. Deve-se evitar a gritaria, a agressão, a pancadaria, a perda de controle. Por outro lado, deve-se evitar também a falta de atitude, o entregar os pontos, não ter reações, não agir, fazer que não está vendo o que a criança está aprontando.

A autoridade dos pais e adultos é importante e necessária para que a criança entenda que conviver em sociedade nos obriga a respeitar regras e limites. Para que possamos exercer esta autoridade, precisamos falar com firmeza e de forma clara e objetiva quais comportamentos são toleradas e quais não o são.

Precisamos ter paciência e persistência, não desistindo diante de crianças que teimam em manter os comportamentos inadequados. Uma autoridade bem sucedida é aquela que consegue ser respeitada e consegue influenciar as pessoas, fazendo com que ajam de acordo com o que lhes foi ensinado e está sendo cobrado. E é este tipo de autoridade que precisamos aprender a exercer em relação aos nossos filhos.

 

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