Conversando com pais o que eles dizem é que está muito difícil educar, que passam muitas horas fora de casa, que não têm muito tempo disponível para os filhos. E eu lhes pergunto, e no seu tempo disponível o que vocês fazem?

Filhos precisam de atenção, isto é um fato. Se temos pouco tempo, porque ficamos  fora de casa por longos períodos, o tempo que temos dentro de casa precisa ser bem usado. Os pais precisam abrir mão de algumas atividades pessoais em favor dos filhos.

Não posso almejar, tendo filhos, chegar em casa, depois de um longo período fora, e ir fazer algo exclusivamente para mim. Os filhos têm prioridade, e quanto menores forem, maiores as  suas prioridades.

Não adianta pensar que podemos comprar nossos filhos com brinquedos, guloseimas, ligando a televisão, o computador, o joguinho, para eles se distraírem e deixarem a gente em paz. Eles podem até ser distraídos por estes subterfúgios, mas se isto for uma prática constante, não esperem que no futuro seus filhos sejam próximos, tenham intimidade, carinho, afeto por vocês.

Conseguir esta intimidade com os filhos requer tempo e interesse. E isto significa que, se já não temos muito tempo porque passamos uma boa parte dele fora de casa, o pouco que temos, tem que ser investido no contato com os filhos.

É importante ter interesse pelo dia a dia deles, brincar com eles, cuidar da  alimentação. Acompanhar os deveres de casa, a hora de dormir, o banho. Conversar. Incluí-los em nossas atividades.

Por melhor que seja a escola dos filhos, por melhor que seja a babá, os avós, por melhores que sejam os brinquedos que damos para eles, o que eles realmente querem é nossa proximidade e interesse.

Quantos menores são os filhos mais eles gostam de estar com os pais. Esta proximidade e interesse  que os pais vão disponibilizar para os filhos  é que criarão as bases para  que, no futuro, mesmo não querendo tanto nossa proximidade física, tenham intimidade, carinho, afeto e respeito por nós.