Existe uma  tendência humana em se adaptar rapidamente às mudanças positivas ou negativas que ocorrem em suas vidas e a retornarem a um estado emocional em que não se sentem nem tão bem mas também não se sentem tão mal. Isto se chama adaptação hedônica. Esta adaptação ocorre independente do quão positiva ou negativa foi esta mudança.

 As pessoas se acostumam com as mudanças, sejam elas boas ou ruins, e retornam a um nível de satisfação estável, após um período inicial de euforia ou descontentamento.

Quando ocorre um evento muito bom há um aumento inicial de felicidade mas essa sensação diminui rapidamente e retorna a níveis prévios de satisfação,  após algum tempo. Ocorre também que, quando as pessoas enfrentam eventos traumáticos e experimentam uma diminuição temporária de seu bem-estar, elas também  se recuperam e voltam a um estado emocional estável.

A adaptação hedônica ocorre em várias áreas da vida, incluindo relacionamentos, finanças, saúde e aquisição de bens materiais. Quando é um evento positivo, a empolgação inicial cede a um estado emocional sem tanta euforia. Quando é negativo, volta a um estado de aceitação e resignação. 

Devido a esta adaptação do cérebro aos eventos positivos e negativos, a busca pela felicidade contínua e duradoura é uma utopia, assim como achar que o mal-estar não vai passar. É como diz o ditado “ não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”.

Sabendo que a adaptação hedônica ocorre, o melhor a fazer é  apreciar as pequenas satisfações do dia-a- dia e dar valor a elas.  E saber que, por maior que seja o sofrimento, a dor vai diminuir e se tornar suportável.