O novo pai

O novo pai é diferente. Ele não tem vergonha de discutir assuntos que antes pertenciam ao domínio feminino. Fraldas, mamadeiras, pediatras, enxoval, parto.O novo pai discute sobre tudo e busca cada vez mais informações.

Lê sobre crianças, quer estar junto e dar sua colaboração.O primeiro banho? Deixe com ele que eles sabem como dar. Suas mãos grandes e firmes seguram o nenê, sem medo de o deixar cair.

Eles trazem seus nenês ao colo, colocam-nos sobre seus ombros, falam com eles, e logo passam a entender tudo que eles precisam. Tomam conta, trocam fraldas, embalam-nos em seus colos até eles dormirem, dão suco e papinha. E quando os filhos começam a andar, sentem a segurança da mão paterna a amparar seus primeiros passos cambaleantes.

Com o pai por perto, as mães sentem-se seguras e protegidas. Sabem que tem com quem dividir as responsabilidades. Relaxam, sentem-se mais livres, podem até descuidar com o pai ao lado.

Os novos pais se emocionam, choram, riem, se entusiasmam. Participam de tudo, querem estar presentes.

Nada mais revigorante que ver um pai com seu bebê ao colo, nada de mãe por perto, só ele e seu bebê, e ele dando conta do recado. Ele sabe trocar, sabe dizer o que o nenê precisa, entende este diálogo sem palavras de um bebê que precisa se adaptar a um mundo novo para ele.

Quando estão ao lado da mulher, dão apoio, incentivam, pegam para si as incumbências. Participam do parto, choram ao ver o ultrassom. Não há barreiras para eles, basta que as mulheres não lhes coloquem obstáculos, não os deixando do lado de fora.

Já não devemos dizer que vamos fazer reunião de mães.Chamem os pais. Eles vêm para ajudar, podem até conturbar, mas são necessários, pois eles têm uma visão diferente da do mundo feminino.

Chega dos pais temidos, do pai que só era o provedor. Aquele que nem colo podia dar aos filhos.

O pai a quem não se podia dirigir a palavra, que não podia dar intimidade, pois tinha medo de perder a autoridade.

Que venha o novo pai, que use a razão, que não diga somente sim e possa dizer não.

O pai que o filho pode sentar no colo.

Com quem ele pode passear de mãos dadas, com quem  pode conversar e se abrir.

Queremos o pai presente e não um pai que só dê presentes.

O pai que não precise esperar ser avô para poder demonstrar todo seu afeto e amor.

One thought on “O novo pai

  1. Achei incrível o artigo! Eu como mãe de primeiro viagem me sinto extremamente segura com meu marido realizando o sonho de ser pai! Pai como descreve o texto, ele participa, discuti, lê é quer o melhor a nosso pequeno anjo!
    Adorei Saleti! E parabéns pelo blog!

Deixe um comentário