Algumas pessoas acreditam que as palmadas são necessárias para a educação das crianças. O problema é mensurar a quantidade de palmadas. Quantas vezes  é usada a palmada? Em que situações? Elas costumam resolver o problema? Se o uso das palmadas for frequente e de pouca eficácia, o caminho não é este.

Alguns  também consideram que dar croques na cabeça, puxar as orelhas, dar safanões, xingar, gritar, fazem parte das formas de educar.

No meu entender, pais que xingam demais, gritam demais e dão palmadas demais não mandam nada.

Pais que não têm autoridade é que recorrem sempre à gritaria e as palmadas.Se eles tivessem autoridade, não precisariam destes métodos. Os pais que são respeitados pelos filhos, e os respeitam, dificilmente precisam apelar para os gritos e safanões.

A autoridade vem das pessoas saberem que existem regras claras e que, se não as cumprirem, receberão represálias. Regras frouxas que não são cobradas e que, quando são desrespeitadas,  não acarretam em nenhum tipo de prejuízo para quem  as desrespeitou, acabam com qualquer autoridade. Aí a tentativa de assustar no grito e no tapa.

Os pais querem e devem ser respeitados pelos filhos, para que possam exercer  uma influência positiva na vida deles. Mas, como dizem por aí, respeito gera respeito. Fica difícil e contraditório bater no filho, porque ele bateu em alguém, para lhe ensinar que não pode bater. Fica difícil xingar  o filho e ensinar que não pode xingar os outros. Humilhá-lo e querer ser respeitado.

Precisamos ter coerência na educação dos filhos. Se estou ensinando que não pode bater, não posso ensinar isto batendo. Se estou ensinando que não pode xingar, não posso fazer isto xingando. Se quero respeito, não posso desrespeitar.

Uma das piores experiências pela qual uma pessoa pode passar é ser humilhada por outra pessoa. Ser xingado, ser advertido de forma grosseira, ser menosprezado, são experiências muito ruins para qualquer um. Quem humilha e envergonha o outro perde o crédito, perde o respeito.

Quando precisamos chamar a atenção da criança para algo que não está correto, devemos fazê-lo com respeito e discrição, para não expô-la à vergonha. Nosso objetivo tem que ser a melhoria do comportamento e não vai ser expondo a criança à vergonha, batendo, xingando, chacoalhando que vamos conseguir educá-la.