Autoridade dos pais

Quem tem que mandar em casa são os pais e não os filhos. Por que? Porque são os pais os responsáveis, os adultos, aqueles que têm mais experiência, mais tempo de vida, mais condições de enxergar as consequências. Porque são eles que têm a obrigação de cuidar para que os filhos estejam seguros.

Cabem aos pais integrar os filhos à sociedade que têm limites e regras de convivência.

A criança que faz tudo o que quer, na hora que quer, do jeito que ela quer, não está sendo preparada para conviver em sociedade. Elas estão sendo criadas pensando que podem tudo e isto, com certeza, irá gerar conflitos com outras pessoas e com as regras que são impostas para a convivência em sociedade.

Os pais devem orientar, colocar regras e limites, dar as coordenadas e, é claro, cuidar para que elas sejam seguidas.

Dá para negociar com os filhos? Depende. Da idade deles, da maturidade, do que está sendo negociado. De outra forma, os pais têm que assumir o ônus das decisões. Eles decidem, os filhos acatam. Os pais são os adultos e são eles que tomam as decisões e arcam com as consequências delas. Não podem transferir aos filhos, ou a outras pessoas, estas decisões, sem pagar um preço por isto. É claro que algumas das  decisões não serão as melhores mas, pior que errar, é não assumir a responsabilidade.

Deixar aos filhos a tarefa de decidir em questões que fogem à capacidade deles é, no mínimo, irresponsabilidade.

Há decisões que não cabem às crianças. Por que? Porque elas não têm desenvolvimento neurológico, fisiológico, cerebral, psicológico para tomá-las.

Quando deixamos  as decisões por conta delas, não vemos crianças satisfeitas, realizadas, felizes, equilibradas.Vemos, sim,  crianças irritadas, impacientes, infelizes, irrequietas. Porque exigimos delas aquilo que elas não estão preparadas para dar. Decidam por elas e as poupem, para que elas cuidem do que é apropriado para a idade delas.

Nem sempre é fácil exercer autoridade. Isto vai gerar conflitos entre pais e filhos, mas são conflitos necessários.

Os pais, ao decidirem de forma contrária ao desejo dos filhos, vão se indispor com eles. Os filhos vão reclamar, chorar, se rebelar. Os pais vão se chatear, ficar na dúvida, se alarmar. Porém, a autoridade dos pais dá segurança aos filhos. É claro que os filhos protestam, se rebelam , mas confie, é melhor para eles.

Pais que não conseguem impor limites e regras não são considerados confiáveis pelos filhos. Porque são pais que demonstram insegurança ou, até mesmo, são vistos como alguém  que não se importa com os filhos, que não querem se envolver com eles e seus problemas.

Alguns pais , querendo agradar, não dizem “não”, por medo de não serem amados. Isto é insegurança. A relação  entre pais e filhos não é tão frágil assim que não possa suportar os “nãos” .

Alguns também acreditam que a criança deve fazer o que quiser para não atrapalhar a criatividade dela. Nada comprova que, deixar a criança fazer o que quer, a tornará mais criativa.

E se ela se frustrar? Não é ruim para a criança ser frustrada? Não criará traumas? Na verdade, quem não é frustrado não aprende a lidar com a frustração. E a vida vive impondo frustrações. Quem não aprende a lidar com ela, vai ter menos condições de lidar com a vida.

 

 

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